O amor é mesmo doido
Conheceu ele no ônibus, a conversa
fluiu com facilidade, tanto que fez o caminho parecer menor. Passou tão rápido.
Apertou o sinal, era seu ponto, mas antes de descer brincou com o nome dele:
"parece nome de famoso. Qual seu nome completo?" ele disse rápido,
porque ela estava literalmente descendo. Ela guardou o nome completo dele até
entrar na sala da faculdade. Era nome de famoso, não tinha como esquecer.
Em casa tentava procurá-lo no Facebook,
minutos de pesquisa, que por fim, sem sucesso. Foi quando sua amiga que também
o havia conhecido decidiu ajudar. Algumas pesquisas no Google e a primeira dúvida: de quem de fato ele
estava a fim?
Podia ser dela ou de sua amiga. Resolveu confirmar. A resposta,
clara: a morena. Conversaram o tempo inteiro durante o final de semana.
Descobriu que o menino misterioso era também seu vizinho, rua da frente,
coincidência, sorte da vida, talvez. Julga-se tudo que favorece.
Primeira saída, um lanche a noite, algo
bem simplório. Simpático, bonito, engraçado e autêntico demais, um tanto que
marcará sua vida para sempre. 3 dias depois marcaram de se encontrarem na
esquina, metade do caminho, era fácil para os dois. O primeiro beijo, ah
aquele beijo. Ela mal saberia que aquele seria sua melhor referência de beijo.
Teriam outros bons, claro. Ah, mas o dele...
Exatos 4 meses, talvez um dos melhores.
Não tinha rodeios entre eles, ele dizia o que queria, ela ia até onde achava
que deveria. O banco da esquina havia se tornado o ponto de encontro, as vezes
saiam para comer, mas sempre se encontravam ali.
Lembra do piercing que ele
usava na boca - ahhh que maravilha era.
Não era pra namorar, era o que ele
dizia. E foi ali que ficaram, tendo o famoso lance, talvez o mais resolvido da
sua vida. O momento foi aproveitado e só havia lembranças boas, mesmo 3 anos
depois. Ele? Ah, está namorando... A namorada? A cara dele. Parece que foram
feitos um para o outro. O amor é mesmo uma coisa doida. Não deixa ninguém
preparado, mas bate forte, chega assim, de uma hora pra outra, do nada, mas
encaixa como tem que ser.
Lola
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