Dói continuar querendo

Dói perder, dá uma sensação de vazio. Mas dói ainda mais querer. Continuar querendo.
Queria te mandar algo, te falar, te mostrar, queria sair e fazer algo que gostamos, mas não posso. Queria te chamar pelos apelidos que te dei, queria poder falar saudades, mandar o coração que usávamos sempre. Queria poder te abraçar, te beijar, brincar com sua barba, brincar contigo. Queria não ter que desacostumar das suas manias, desconhecer teu jeito, não me afastar da tua vida, não ser tão superficial.
Queria não precisar medir as palavras pra falar contigo, não ter medo de parecer exagerada agora, ou ter que tomar cuidado com o que vou dizer. Queria não ter que mentir quando você me pergunta se estou bem. Queria aproveitar as férias pra sairmos. Queria não pensar que a qualquer momento pode vim outra menina e te fazer bem de verdade, é egoísmo, mas acredite, não por maldade, quero te ver bem. Eu só te queria, te queria mesmo. Agora sabe. E dói ter que fingir que não.
Ou simplesmente queria levar o contato e a amizade como se nada mais me incomodasse. Mas eu sou fraca pra isso, fraca porque no fundo tem as famosas segundas intenções, de burra que sou. Burra mesmo. Por querer quando você não quer. Por sentir falta quando talvez você nem sinta. Por pensar em ti quando você pode ta lembrando que existo. Ou lembrar das coisas que iriamos fazer juntos e agora acabou, porque nem coragem pra falar disso eu tenho.
Parecia que ia tudo tão bem, ou eu fantasiei demais. Sempre me blindo quanto a isso, mas com você tentava ir desarmada, queria arriscar. Queria tentar. Queria você.
Ps.: prometo parar com essa melancolia, caro leitor, mas no momento preciso escrever essas coisas que não consigo falar nem pra mim.
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